19.5.11

Justiça em série Z


Numa interpretação um tudo-nada superficial, o que seria de esperar de um gajo com Dominique por nome próprio, Strauss-Khan de apelido, um trombil daqueles e patrão do FMI? É claro que há sempre a presunção de inocência, mas neste caso nem bem regada a água benta se converteria em grosseira injustiça. Além disso, ele há trombis que estão a pedi-las e pronto. Se existisse justiça poética punham este gajo e o Lars von Trier num contentor, com a projecção em loop do Antichrist, e atiravam lá para dentro um rotweiller em dieta de espinafre. Ora aí está a definição do fim dos dias. Pensando melhor, o rotweiller acabava sodomizado pelo Strauss-Khan, pelo que nem cão nem projecção, que ainda sujavam os três a parede. Seria castigo suficiente ouvir o von Trier a falar em sueco da sua infância na caverna dos fiordes com a ama Hedwige e as brincadeiras eróticas envolvendo um piaçá, arenque fumado e o torniquete herdado da tetravó Theresa Berkley. Certo, o Khan arrancava-lhe uma perna à dentada, mas o Trier provavelmente ia gostar, pelo que, não, cada um no seu contentor, com um garfo de plástico e o “Loca” da Shakira em loop. Desde que fui submetido ao visionamento do Dancer in the Dark que sou assaltado por estas fantasias. Antes envolviam o Ratzinger, mas agora só depois de ele dar uma canzana à madre superiora, que o Dominique entretanto pôs-se mais a jeito.

Ilustração: Joe van Wetering

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